sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Eu e Paul

3 shows.
19h de fila.
10:30h de espera dentro do estádio.
8:30h de Paul McCartney!

Desde que soube que Paul McCartney viria, finalmente, ao Brasil meu coração não sossegou... já contei aqui toda epopéia que foi a compra dos ingressos, e isso não foi nada comparado a toda adrenalina que rolou depois...

Providenciar cópia do documento de alguém que mora em Bento Gonçalves, cópia autenticada do cartão de quem mora em Aracaju, procuração, blá blá blá, blá blá blá... tudo pra não ter erro na retirada dos ingressos, seja em Porto Alegre, seja aqui em São Paulo, o que exigiu bastante troca de emails e telefonemas.

Chegada a hora, meu primeiro encontro com Sir Paul aqui no Brasil foi em Porto Alegre. E eu JAMAIS esquecerei aquele 07 de novembro de 2010... é sobre ele que eu vou falar nesse post!

Viajei pra Poa na véspera com uma ansiedade que me consumia... tudo que eu queria era ter meus ingressos na mão e que o domingo chegasse logo. Ainda curti um rockzinho gaúcho no sábado a noite, e às 8:30h da manhã de domingo estava de pé, me arrumando pra ir ao Beira Rio.

Cheguei ao estádio às 10h da manhã, embaixo de um sol escaldante, mas, como eu, muitos e muitos fãs... não foi difícil fazer amizade. Encontrei um pessoal de São Paulo e ficamos ali na fila debaixo do sol quente juntos, até que meu irmão Juba e o casal Tamar e Thiago chegasse, esses direto do Aeroporto Salgado Filho. Loucura!
O clima na fila era sensacional... muitos coros com Beatles songs, solidariedade, trocas de histórias sobre o fanatismo por Paul, Wings e Beatles... isso fazia o tempo passar, mas o cansaço era inevitável e a ansiedade nem se fala.

Quando finalmente entrei no estádio, correndo feito uma louca, nem acreditei o quão perto do palco eu estava. Era surreal imaginar que em algumas horas Paul McCartney, em carne e osso [e muito talento], estaria tão perto de mim. A euforia só não era maior porque a gente ainda teria que esperar mais de 3h ali no gramado, mas nada que uma Pepsi gelada não amenizasse...

Às 9:05h Sir Paul pisou no palco montado no Beira Rio e os gritos ensurdecedores me lembraram o antológico show dos Beatles no Shea Stadium em 1965... é uma emoção tão grande que você fica meio estático, completamente parado... pensei que ia chorar, mas não derrubei uma lágrima, eu ficava na ponta do pé olhando ele no palco com os olhos arregalados, extremamente chocada, eu diria... meu Deus, ele tava perto demais!!! Eu conseguia ver os detalhes do seu rosto, os olhos caídos (marca registrada) e as rugas de quem viveu uma vida extraordinária. Era uma lenda viva segurando um Hofner em forma de violino, ali, na minha frente, e acenando “pra mim”.

Ele abriu com Venus and Mars/Rockshow, repetindo a sequência de abertura de determinada turnê do Wings da década de 70 (não lembro qual delas). O som era PERFEITO... a galera do gargarejo não parava de pular, e eu junto! Ele emendou com Jet, clássica do Wings, e aí a gente foi a loucura... a cada grito de "jeeeeeeeeet", 50 mil braços socavam o ar... uma felicidade indescritível estar ali.

Paul fez questão de nos cumprimentar em português, e repetiu o idioma durante todo o show. Falou coisas como “bah, tchê!”, “Ah, eu sou gaúcho”... um showman de deixar qualquer um no chinelo... a gente via que ele estava ali dando o máximo de si, que tinha se preparado pra nós, e ele nem precisava... bastava estar ali!

Só consegui fazer a ficha cair em My Love. Nossa... desabei. Ele iniciou a canção falando em português “Eu escrevi esta música para minha gatinha Linda”. Noooooooooooossa... chorei a música inteira que nem criança. Foi de fazer vergonha... :P

O show seguiu por 2:45h!!! O “véinho” está numa forma INCRÍVEL. Sério mesmo. Ele pulou, dançou, correu no palco, e a voz está IMPECÁVEL. Não sei como ele ainda consegue dar os agudos que marcaram o vocal dele nos Beatles... impressionante!!!

O set list foi sensacional, com MUITOS clássicos, como All My Loving, Let It Be, Hey Jude e Yesterday, e outras menos executadas como Ram Om (que ele só tocou em Porto Alegre), Letting Go e Mrs. Vandebilt. Live and Let Die foi doidera e Something a mais emocionante... como não chorar novamente???

Aliás, chorei muitas vezes durante o show... sei que pra muita gente é complicado entender, eu compreendo, mas quem é fã sabe o quanto é emocionante viver aquelas poucas horas, estar ali vendo e ouvindo o cara que é dono da trilha sonora da sua vida, por quem você tem uma admiração absurda, um amor inexplicável.

E no meio de tantos fãs, era lindo olhar crianças, jovens, adultos, coroas... todo mundo se emocionando junto... em várias músicas vi marmanjos de 1,90m chorar, pais e filhos se abraçarem... chorava todo mundo junto. Paul tem uma mágica que não dá pra explicar... só você estando lá pra saber.

Vivi essa emoção mais duas vezes, nos shows aqui no Morumbi, dias 21 e 22 de novembro. Mas pra não me alongar ainda mais, vou contar essa história no próximo post! ;)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Retrospectiva. Falta pouco...

Os Beatles entraram na minha vida em 1995. Aos 14 anos, eu descobri que estava completamente apaixonada por 4 caras, 1 deles já falecido, os outros 3 com a idade dos meus pais... descobri os anos 60, a contracultura, as drogas, a revolução feminina, o rock´n roll! E descobri tanta gente: Clapton, Dylan, Chucky Berry, Led Zeppelin, Pinky Floyd... um mundo de informações ia chegando aos poucos, a medida que meu interesse crescia.

Não sei por que, mas desde o início Paul McCartney sempre foi o meu “queridinho”. Sabe aquela coisa: “Qual o seu beatle favorito?”. Bom, se era pra ter um preferido, que fosse ele... mas que fique claro que AMO todos, viu?! :P

Paul foi o cara que mais brigou pelos Beatles. Apesar de ter sido o primeiro a anunciar oficialmente o fim da banda, todo mundo sabe que ele foi o último a “pular do barco”. Com a morte do empresário de longas datas, Brian Epstein em 1968, os Beatles perderam o rumo... era muita grana, muito ego... ainda apareceu Yoko... kkkkkkk Enfim, a mágica tava acabando mesmo pra dar lugar a lenda.

Foi Paul quem insistiu para que os Beatles voltassem a Abbey Road depois de sucessivas brigas durantes as gravações do Projeto Get Back no Twickenham Studio em 1969 (idéia essa também do Paul). O Projeto Get Back mais tarde se tornou o álbum Let it Be (1970), e, antes, essa volta a Abbey Road tornou-se o MAGNÍFICO álbum homônimo (1969).

Com o fim dos Beatles em 1970, todos saíram em carreira solo. Vieram álbuns maravilhosos, como o triplo All Things Must Pass de George (1970) e os álbuns Plastic Ono Band (1970) e Imagine (1971), de John Lennon, todos recheados de sucessos. Paul não ficou pra trás!!!

Em 1970 lançou o McCartney, seguido do RAM em 1971, discos que eu adoro, principalmente o RAM... eu adoro o RAM!!!! Every Night e Another Day são dois dos hits que fazem parte desses álbuns, respectivamente. E aí Paul resolveu montar uma banda... ele mesmo declarou que a parada dele é banda... ele gosta dessa coisa de ter um “conjunto”... enfim. Assim nasceu o Wings em 1971, sofrendo várias formações até o seu final em 1979, mas sempre contando com Linda McCartney nos teclados e Danny Laine na guitarra, além do próprio Paul, claro! A banda lançou 9 álbuns ao total, e colecionou hits como My Love, Band On The Run e Live and Let Die, fazendo muito sucesso nos EUA durante todos esses anos.

Em 1980 Paul lançou o McCartney II e voltou a carreira solo, como está até hoje, mas demorou 9 longos anos pra que ele colocasse o pé na estrada novamente... foi somente em 1989, com a The Paul McCartney World Tour. E aí, a grande surpresa: finalmente um beatle pisava em solo latino americano e, claro, no Brasil!

Em abril/1990 Paul quase não subiu no palco montado no Maracanã... chovia torrencialmente no Rio, e o show inicialmente marcado pra 18 foi adiado para o dia 20. Enfim, ainda com água pelas tabelas, Paul subiu ao palco e cantou para alegria dos fãs brasileiros... mas o que de mais legal aconteceu nessa passagem do Paul pelo Brasil não aconteceu no show do dia 20, mas no show do dia seguinte... Em 21 de abril de 1990, depois de um lindo dia de sol carioca, Paul McCartney levou 184 mil (!!!!) pessoas ao Maracanã, recorde absoluto de público para um cantor solo, devidamente registrado pelo Guinness até hoje...

Ele voltou ao Brasil em 1993, com a New World Tour, dessa vez para mais 2 apresentações: a primeira no Pacaembu/SP, em 03 de dezembro e a segunda em Curitiba, dia 05 de dezembro. E então um graaaaande hiato se deu, até que, finalmente, depois de muita, mas muita especulação, Paul voltará a se apresentar para os brasileiros, com 3 shows, um deles em Porto Alegre e os demais em São Paulo.

Aos 68 anos de idade, acredito que a Up and Coming Tour seja a última grande turnê desse que é um dos maiores nomes da música de todos os tempos, o cara que influenciou gerações e mudou o jeito do mundo de ouvir e fazer música. Sinto-me privilegiada por gostar tanto de Beatles e dos 4 individualmente... Sinto um orgulho danado de ter esse ouvido “seletivo”... hehe

A ansiedade é MONSTRUOSA!!! Sábado embarco pra Porto Alegre para assistir a primeira dessas 3 apresentações, que acontecerá no domingo no Beira Rio. Na volta a São Paulo, conto tudo pra vocês aqui no Tolices!!!

E na despedida de hoje, Live and Let Die, ao vivo do Foro Sol, Mexico City em 27/05/2010. Olha só como essa vai ser loucuraaaaaaaaaaa... ;)

http://www.youtube.com/watch?v=5xw6nUia5to&feature=related

See ya!

sábado, 30 de outubro de 2010

Set List

Uma das minhas primeiras providências ao saber que Sir Paul ia dar essa “passadinha” aqui no Brasil, foi me informar sobre o set list da Up and Coming Tour.

Existe um site MARAVILHOSO que divulga os set lists das mais diversas turnês, inclusive as antigonas, o setlist.fm. Nele você encontra não só as músicas executadas em cada concerto, como tem a opção de ao lado de cada uma delas ver o clip respectivo. Show de bola!

Passei por lá e ‘investiguei’ as músicas executadas desde o começo da turnê, dia 28/03/2010, em Phoenix/Arizona, até o último, dia 19/08/2010, em Pittisburgh/Pennsylvania. A coisa meio que se repete, com Paul alternando entre uma ou outra canção previsivelmente a cada concerto, só não se sabe exatamente qual das duas opções que ele tem será a escolhida da noite, mas a turnê mostrou que ele não sai dessa pequena mudança.

Há possibilidade de que o set list sofra alguma alteração, já que ele não se apresenta com frequência aqui na America Latina... quando alguém assim vem pra cá tende a mexer numa coisa aqui e outra ali, especialmente pra acrescentar hits, mas no caso de Paul isso perde um pouco o sentido, porque qualquer música já é hit, né?! Resta-nos aguardar...

Enquanto isso, abaixo segue o esboço desse provável set list... aliás, quando a opção é uma música ou outra, grifei em negrito a que eu gostaria de ouvir... mas tudo bem, irei em 3 dos 3 shows, acho que vou ouvir todas, né?! :P

Vamos ao set list:

01. "Venus and Mars/Rock Show" (Wings)
02. "Jet" (Wings)
03. "All My Loving" (Beatles)
04. "Letting Go" (Wings)
05. "Got to Get You Into My Life" ou "Drive My Car" (Beatles)
06. "Highway" (The Fireman)
O7. "Let Me Roll It/ Foxy Lady" (Wings+Cover do Hendrix)
08. "The Long and Winding Road" (Beatles)
09. "Nineteen Hundred and Eighty-Five" (Wings)
10. "(I Want to) Come Home" ou "Let 'Em In" (Wings)
11. "My Love" (Wings)
12. "I'm Looking Through You" ou "I've Just Seen A Face" (Beatles)
13. "Two of Us" ou "And I Love Her" (Beatles)
14. "Blackbird" (Beatles)
15. "Here Today" (carreira solo, homenagem a John)
16. "Dance Tonight" (carreira solo)
17. "Mrs Vandebilt" (Wings)
18. "Eleanor Rigby" (Beatles)
19. "Ram On" (carreira solo)
20. "Something" (Beatles, homenagem a George)
21. "Sing the Changes" (The Fireman)
22. "Band on the Run" (Wings)
23. "Ob-La-Di, Ob-La-Da" (Beatles)
24. "Back in the U.S.S.R." (Beatles)
25. "I've Got a Feeling" (Beatles)
26. "Paperback Writer" (Beatles)
27. "A Day in the Life/Give Peace a Chance" (Beatles, homenagem a John)
28. "Let It Be" (Beatles)
29. "Live and Let Die" (Wings)
30. "Hey Jude" (Beatles)

Bis 1
31. "Day Tripper" (Beatles)
32. "Lady Madonna" (Beatles)
33. "Get Back" (Beatles)

Bis 2
34. "Yesterday" (Beatles)
35. "Helter Skelter" (Beatles)
36. "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band/The End" (Beatles)

São 36 músicas... o véinho é foda!!! E o set list está sensacional, mas senti falta de alguma música do Flaming Pie (1997) e do Chaos and Creation in The Backyard (2005). Em minha opinião, Paul privilegiou bastante sua fase no Wings nessa turnê, inclusive 5 músicas do Band on The Run são executadas, afinal, o álbum completa 25 anos este ano. Adoro todas elas... o álbum é fantástico, e estou pilhadíssima pra ouvir Mrs Vandebilt!!!!!!!!!!!!

Pra encerrar o post, então, vou deixar com vocês o link de Mrs Vandebilt, executada no concerto da Cidade do México, dia 28/05/2010.

See ya!

http://www.youtube.com/watch?v=psR540K1YA0

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Paul in Brazil

Aracaju, 2005. Não lembro se eu ganhava R$700,00 ou R$1.000,00 na época... mas lembro como se fosse hoje do meu irmão Justino me ligando e dizendo: “Seguinte. O Paul McCartney vai sair em turnê de novo pelos EUA. É nossa chance de ver o cara. Já falei com André [meu outro irmão] e a gente vai... você também vai, a gente vai dar um jeito... e então, você topa?”. Eu não fazia a menor idéia de como eu ia conseguir dinheiro suficiente pra comprar passagens, ingresso, pagar hotel etc etc... mas instantaneamente eu disse “Sim!!!”.

E assim começou a nossa “Magical Mystery Tour” que teve destino à Tampa, Flórida, em setembro de 2005. Como eu consegui ir??? Minha então cunhada fez um empréstimo pra mim no Banco do Brasil, sim, porque nem crédito eu tinha pra conseguir um empréstimo, né?! Fiquei um ano gastando mais da metade do meu salário pra pagar o empréstimo, mas valeu muito a pena... foi o momento mais emocionante da minha vida... costumava dizer que pra superar aquela mágica que aconteceu quando vi Paul subindo no palco, só quando eu tivesse um filho, mas parece que antes disso aquela mágica vai acontecer de novo... e por três incríveis vezes!

Foram muitas e muitas especulações... eu mesma havia falando disso aqui no Tolices antes, quando um colunista da Veja publicou que a produção de Paul estava em negociação para shows no Brasil... o fato é que as negociações existiam mesmo. Li que foram 4 (!!!) anos de negociações pra que o beatle mais carismático e galanteador do quarteto pisasse novamente em solo brasileiro. Sorte a nossa!

Recebi a notícia de shows aqui com um certo ceticismo. O Sport Clube Internacional anunciou, o São Paulo Futebol Clube também, mas pra mim, depois de tanta expectativa em vão, de tantos rumores, aquilo não era suficiente. Uma galeeeera vinha falar comigo “Tá sabendo???? E aí, vai rolar???” como seu eu fosse da produção do cara... kkkkkkk No fundo no fundo, eu sabia muito pouco, nada mais do que o que todo mundo sabia. Foi quando o site oficial de Paul confirmou as datas no Brasil. Shows em Porto Alegre e São Paulo. Eu já queria chorar só de ver aquela tela... surreal!!!!!!!

http://www.youtube.com/watch?v=rUWIjk_IFng&feature=player_embedded

Nem titubiei. Fui direto pro Submarino Viagens pesquisar a melhor opção de voo pra Porto Alegre na época do show. GOL? Ok. Em 15min eu estava com as passagens compradas. E o ingresso? Bom, aí senta porque lá vem a história! :P

Comprar ingressos para os shows no Brasil não foi fácil. Mas eu já sabia disso. Montei com meu irmão, minha cunhada e um casal de amigos também beatlemaníaco um esquema “de guerra” pra conseguir as entradas, e virei consultora de uma porrada de outras pessoas... kkkkkkkkkk

Eu dormi mal, trabalhei mal, comi mais que o normal. Enquanto eu não conseguisse os ingressos pro melhor setor dos estádios eu não estaria em paz... e o trabalho começou bem antes da venda propriamente dita. Eu sabia que minha maior chance estaria nas pré-vendas, ou seja, na venda da cota dos organizadores/patrocinadores. Em Porto Alegre, teriam o privilégio da compra na prévia os sócios do Internacional e os assinantes dos jornais do Grupo RBS.

Foi um tal de liga pra um, liga pra outro... Só Jesus! Lembrei logo dos meus amigos Gustavo Barreto, aracajuano, mas morador de POA, e das primas Dani e Cristiane Todeschini, moradoras de Aju, mas oriundas de Bento Gonçalves. Se eu fosse contar todo rolo que foi pra que essa compra se efetivasse eu ia cansar vocês... mas acreditem: FOI UMA LOUCURA! Pra vocês terem uma idéia, no final das contas eu tinha 2 opções: comprar via Eliria, prima de Cristiane e Dani e assinante do Jornal Zero Hora, ou comprar pelo irmão do namorado de Dani, sócio do internacional. Nesse caso, após uma tentativa frustrada de comprar via sócio do Inter, a assinante da RBS me salvou: às 8:07h eu estava com os Gramados Premium comprados, não só o meu, mas o dos amigos. Em minutos o Gramado Premium estava esgotado!

Pros shows de São Paulo a pré-venda foi destinada aos portadores dos Cartões Bradesco e American Express. Naturalmente eu não tinha nenhum dos 2, né?! A coisa tem que ser na dificuldade mesmo... mas vumbora lá. A vítima da vez foi meu pai, vulgo “Seu Mumu”. Quem conhece sabe que “o véio” não é moleza, né?! Eu e meu irmão André disputando pra ver quem ia ter a difícil missão de convencer meu pai a ceder o Amex dele... nenhum dos 2 estava afim de ouvir todos os berros que meu pai ia proferir no telefone, principalmente quando soubesse o valor que a gente estava disposto a gastar por aqueles tickets... Bom, respirei fundo e liguei, então depois de muitas palavras como “extravagância”, e com uma certa resistência, ele liberou. Uhuuuuuuuu!!!!! Primeira etapa superada.

Pro primeiro show de SP acho que São Lennon e São Harrison ajudaram, viu?! Foram 4 tentativas pra que eu conseguisse comprar as Pistas Prime. Na primeira o site recusou meu CEP, embora estivesse correto. Voltei tudo e aí consegui comprar... ARQUIBANCADAS!!! Esqueci de selecionar Pista Prime... a compra finalizou errada... só vi depois, meu Deus que desespero!!! A mão tremia, o coração mergulhado naquela água gelada, sabe?! Voltei tudo mais uma vez pra terceira tentativa, e quando cliquei pra finalizar veio a mensagem: “Só é permitida a compra de 6 ingressos por CPF”. Claaaaaaaaro, com a compra das 5 arquibancadas (que ódio!) eu não podia comprar mais do que 1 entrada... pense rápido, Paula... rápidoooo!!! Bom, iniciei a quarta tentativa usando o cadastro que eu criei pra Eliria, lembram dela? A prima de Cristiane e Dani que me ajudou a comprar os ingressos de POA... pois é, finalmente na quarta tentativa o site confirmou meu pedido. Eliria pé quente, viu?! ;) Não demorou 10min pra Pista Prime esgotar!!!

Pro segundo show a sorte já estava cansada de mim. Hehe Seu Mumu engrossou o discurso e vetou qualquer possibilidade de usar o Amex dele. Sem o Amex do papai, o jeito foi minha cunhada Kaká entrar em campo e descolar alguém suficientemente louco pra nos ceder seu cartão de crédito, seus dados etc etc... Acontece que ela não conseguiu uma pessoa... conseguiu duas!!! Kkkkkk Nossa amiga, e cliente Bradesco (amém!), Dani Todeschini e uma Tia de Kaká, cliente Amex. Primeira fase superada, “vâmo pra guerra”!!!!

Infelizmente dessa vez tava tudo errado... tudo congestionado, tudo louco... foram 2 horas sem que a compra completasse, várias e várias tentativas... a gente não sabia se a Pista Prime tinha acabado, as informações eram desencontradas... meus telefones não paravam de tocar... Tamar e Liquinho no TIM, Kaká no Vivo, que adrenalina... num súbito de boa vontade do site, por volta de 2h da manhã, eu e Kaká, ao mesmo tempo, acabamos comprando ingressos pra “Cadeira Coberta Vermelha”, nossa segunda opção depois da Pista Prime. Melhor sobrar do que faltar, né não?! E confesso que só consegui fazer a compra depois que meu amigo André Barreto me avisou no Twitter que a senha pras compras do fã clube do Paul tinha vazado... acabei comprando na opção do fã-clube mesmo.

E assim, meu caros, consegui garantir meus ingressos para ver todos os shows do Paul aqui no Brasil. Exagero??? Extravagância??? Loucura??? Pra mim não é NADA disso... sou apenas uma fã, grata por ter descoberto Beatles aos 14 anos, Por eles terem me aberto a cabeça pra tanta, tanta coisa... sou uma pessoa melhor e mais inteligente porque descobri e me apaixonei perdidamente por Beatles, nada mais justo do que me sacrificar um pouco pra ver aquela mágica acontecer de novo, ali na minha frente, agora ainda mais perto. Vai ser incrível...

E peço licença a quem por aqui passa, seja pra ler ou pra dar uma olhada breve, para escrever em muitos dos posts seguintes sobre Paul e o show. Quero falar da turnê, do set list, do Wings, da minha expectativa e preparativos, etc etc. Quem não dá a mínima aguarde, quem sabe 10 dias depois do último show em São Paulo eu possa voltar ao normal e escrever sobre outras coisas? :P

Até o próximo post!!! ;)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

domingo, 17 de outubro de 2010

SWU

Nos dias 9 e 10 de outubro tomei o rumo de Itu, interior aqui de São Paulo, pra curtir o Festival SWU, inicialmente batizado de Woodstock Brasil. De Woodstock não teve nada... nem a lama, o que, aliás, não fez falta nenhuma!Hehe A organização parecia estar mais preocupada em confiscar os pacotes de biscoito das mochilas da galera que fazia uma loooonga fila nos portões de entrada, que ajustar o trânsito pra evitar que esse mesmo público tivesse que andar minutos a fio até a beira da rodovia pra TENTAR chegar em casa...

Pois é, a organização do evento no que se refere a estrutura para o público foi sofrível em quase todos os aspectos, pelo menos no primeiro dia. Soube que quem acampou enfrentou filas de 3h pra tomar um banho, e que a única torneira disponibilizada pra todo campping foi retirada na calada da noite do primeiro pro segundo dia...

Muitas foram as mancadas: tickets pra comprar bebida e comida que só serviam pra aquele mesmo dia (de uma imbecilidade irritante isso), insuficiência de fichas nos caixas, insuficiência de comida nos restaurantes quando o show principal acabava, filas enormes pra entrar em função de uma revista lenta e desnecessariamente minuciosa, ausência de sinalização pra indicar palcos, banheiros, entrada da Pista Premium etc etc., Pista Premium mal planejada e excessivamente apertada e, claro, a jornada que foi conseguir voltar pra casa no primeiro dia...

Poderia ficar aqui falando de todos esses problemas e de como todos eles me afetaram e me irritaram, especialmente quando paro pra pensar no quanto paguei pelos ingressos, mas não é minha intenção... na verdade o primeiro dia teve episódios caóticos, mas o segundo foi melhor nesse aspecto, ainda porque eu estava na Pista Premium, o que alivia um bocado as coisas... infelizmente você tem que se submeter ao assalto que é o valor de um ingresso Premium pra ter um pouco mais de tranquilidade.

Mas o que o SWU pecou em estrutura não pecou na produção dos shows. A pontualidade foi britânica! Uma banda saia de um palco, quase imediatamente depois a outra subia... eu soube que no terceiro dia de Festival (não fui) o Queens of the Stone Age demorou 1h pra subir, mas isso deve ter sido marra dos caras... não sei... do que posso falar, que foram os dois primeiros dias, não tenho queixas quanto a pontualidade.

Quanto ao som não posso dizer o mesmo. Não sei se por causa do vento, por ser o espaço uma fazenda no meio do nada, isso afetou o volume da parada, o fato é que se você não estava na Pista Premium o som deixava muito a desejar lá atrás... ouvi Los Hermanos baixinho, uma afronta aos fãs! O show do Rage Against the Machine também ficou comprometido pela qualidade do som, enfim, deveriam ter colocado umas caixas voltadas pra galera de trás, mas não fizeram... fico puta com som baixo, puta!!!

Bom, mas quando o assunto são as bandas que se apresentaram, a coisa melhora bastante. Quase todas as apresentações que vi deram muito bem o seu recado... qualidade lá no alto! Em minha humilde opinião, posso destacar os shows do Mutantes, Rage Against, Joss Stone e Dave Mathews. Pra mim foram os mais legais. Vou tentar fazer um resuminho do que vi e ouvi nesses dois dias de SWU:

Dia 09/10/2010

MUTANTES
Tocaram muitos hits... eu adorei aquilo!!! Chegamos, tentamos ver a Mallu Magalhães no Palco Oi (eu não fiquei vendo) e depois de um tempo na fila pra comprar as tais fichas, corremos pro palco principal e fomos recepcionados por "Top Top". Como não vibrar? A banda, mesmo com uma formação longe da original, segurou a atenção e colheu muitos aplausos do público, inclusive os meus... aliás, eu resolvi comprar ingressos pro dia 9 quando anunciaram o show dos Mutantes, eu nem sabia que o Los Hermanos ia tocar, isso já denota o meu interesse pelo show, né?! E eles não desapontaram!!!

LOS HERMANOS
Dispensa comentários!!! O som estava ruim, eu estava longe do palco, mas eu sou completamente apaixonada pela música dos caras, então cantei cada canção, uma a uma, gritando o mais alto que o meu pulmão permitia... uma horinha de show, mas foi lindo, festival é assim mesmo! ;)

THE MARS VOLTA
Sinceramente? Nunca tinha ouvido falar dos caras. O estilo de rock da banda não é meu estilo de rock preferido, enfim, não é o tipo de som que toca no meu IPod, longe disso, então durante o show deles eu fiquei batendo papo e bebericando uma cervejinha e outra... como música de fundo pra roda de bate papo os caras mandaram muito bem! kkkkkkkkk

RAGE AGAINST THE MACHINE
A galera que eu tava era formada por fãs do Rage, embora eu passe longe disso... foi legal ver a empolgação deles quando a banda subiu pro palco... eu olhava as pessoas em volta e tinha neguinho chorando, se abraçando, sabe... uma onda! A música é beeem pesadinha, o que foge do meu gosto musical pelo rock, mas gostei do que vi e me surpreendi bastante com a apresentação... a banda estava EMPOLGADÍSSIMA e o som forte contagiava mesmo... pulei horrores, mesmo porque no show do Rage se você não pula você toma porrada de tudo que é lado, né... kkkkkkkkkk Então posso dizer pra vocês que acho que assisti uma das melhores apresentações do SWU e digo isso mesmo não sendo fã da banda, imagina pors fãs o que aquilo não foi!

Dia 10/10/2010

JOTA QUEST
Era uma vez a adolescência, quando eu ouvia Jota Quest... já deu, né Flausino? Se não fosse o Nando Reis e sua “Do Seu Lado” vocês nem teriam tirado os pés da galera do SWU do chão... tudo bem que o show foi cedão, nisso acho que acertaram porque, de certa forma, tava todo mundo chegando e tals... mas é um show totalmente dispensável do Festival. Pronto, falei!

CAPITAL INICIAL
Dinho, meu filho... O QUE FOI AQUILO??? Que showzinho de merda... medíocre! Dispensa meus comentários, na boa... foi uma bosta aquilo! Acho que esqueceram de avisar pra você que festival de rock não é lugar pra promover música nova, ou então você deve ter batido com a cabeça muito forte mesmo quando caiu daquele palco... #mulhermelhore

SUBLIME
Me amarro nesse sonzinho “ska”, sabe?! Ô negocinho gostoso... a tarde caía, a cervejinha descia e o Sublime mandava aquelas músicas boas de sacolejar... eu gostei bastante. Mas é um show “ok”, sabe?! Naaaada empolgante... é aquilo ali do começo ao fim e acabou. Destaque pra "Santeria", claro! Onde a galera cantou junto e deu uma mudada no cenário paradinho da banda... foi bem legal!!!

REGINA SPEKTOR
Muuuuuuuuuuito conceitual. Show pra Bourbon Street, no mááááááximo Via Funchal, mas tudo bem… ela tem seu valor, e como tem. Mas num festival de rock, hum... fiquei surpresa que a galera aplaudiu bastante. Eu fiquei só de longe, observando, e na maior parte do tempo batendo um papinho, mas acho que numa outra circunstância eu teria curtido mais aquele som. Quem sabe no futuro?

JOSS STONE
O que foi aquilo, gente?! A mulher canta demais, cê é doido??? Já entrou rasgando e conquistou todo mundo com uma simpatia digna do brasileiro...hehe Fiquei o show inteiro hipnotizada naquele som, balançando o corpo no ritmo delicioso do soul... a banda também era um arraso, toda justinha, cheia de curvas... nossa, uma delícia mesmo... fiquei com gostinho de quero mais, tai um show que se voltar a SP eu vou querer assistir... ela mandou MUITO bem!!!!!!

DAVE MATHEWS
Fazia muito tempo que eu não escutava nada do Dave Mathews, mal lembrava dos sons... a única que eu lembrava pra valer eles não tocaram (#41), mas confesso que eles também me surpreenderam. A banda estava afinadíssima e os solos eram bastante intensos, impossível ficar parado... o baterista é um ANIMAL [sim... ele fez bolinha de chiclete! ;)], o cara toca muito e foi responsável por um longo solo de bateria... sensacional! Na verdade, a banda inteira toca muito, e Dave me parecia bastante envolvido com o show, vibrante daquela maneira dele, sabe?! Foi a primeira banda do Festival a voltar pro bis, e não decepcionou... acho que se um dia eles voltarem a SP comprarei um ingresso pra ver aqueles músicos juntos mais uma vez. Vale a pena!

KINGS OF LEON
Pra mim era o show mais esperado. ADORO a banda, principalmente os primeiros CDs, mas... decepcionaram. Tô dando minha opinião, ok?! Show parado, nada vibrante, sem passear direito por todos os álbuns, o que eu acho um erro quando se toca num festival, especialmente quando se trata de uma banda de fora que não toca muito no Brasil, enfim... acho que eu criei expectativas demais... não to dizendo que foi ruim, LONGE DISSO! Caleb estava uma simpatia, a banda tem um entrosamento legal, as músicas são boas, mas faltou aquele “borogodó”, sabe?! O Dave Mathews tinha acabado de fazer um show “incendiante” pra mim, aí os caras entram muito “retos”, sabe?! Faltou aquela postura rock´n roll, aquele tom mais rasgado de voz, aquele domínio do público... faltou isso... li críticas que atribuíram a performance deles ao público “coxinha”, bem comum em festivais, isto é, uma galera que não necessariamente curte aquela banda, mas está ali pelo todo, então acaba esfriando a apresentação de quam tá em cima do palco. Se foi isso ou não, não sei. Sei que saí do show com gosto de quero mais e voltei pra casa um pouco frustrada...

Bom, entre acertos e erros, surpresas e decepções, valeu a pena ter estado no SWU. Claro que enfrentar um festival de rock à beira dos 30 não é como enfrentá-lo aos 20 (leia-se, Rock In Rio III), mas o rock´n roll ainda pulsa muito forte nas veias e é sempre muito gostoso participar de eventos como esse. Se ano que vem rolar mais uma edição, por que não?! ;)

Abraço, galera! Seguem algumas fotos...



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Chile - Parte III

Vamos finalizar essa postagem “Chile”:

VIÑA DEL MAR/VALPARAÍSO

Nossa programação era mais um dia de esqui, mas como escrevi pra vocês, fisicamente eu estava bastante debilitada... sério mesmo. Joelhos inchados e roxos, corpo todo dolorido... sensação de quarta-feira de cinzas depois de 6 dias de Carnaval de Salvador, sabe?! Então resolvemos, eu e uma amiga, conhecer Valparaíso e Viña Del Mar, uma cidade grudadinha na outra.

Você pode pegar um metrô até o Terminal Urbano (acho que a estação é Universidade de Santiago, chequem...) e de lá, por cerca de R$25,00, comprar passagens de ida e volta. Íamos por conta própria, mas na rodoviária fomos abordadas por uma representante de uma agência de turismo (infelizmente não lembro o nome), que nos ofereceu tour nas duas cidades. Achamos a proposta interessante e por Ch$15.000,00 (cerca de R$50,00) pra cada, topamos a empreitada...

FOI ÓTIMO!!! Chegamos à Rodoviária e fomos recepcionadas até o guichê da agência, e de lá fomos encontrar nosso grupo pra fazer o tour. De van percorremos primeiro os prontos turísticos de Viña Del Mar, incluindo parada pra fotos e almoço na Recoleta. Tudo muito bonito... o mar do pacífico, o Cassino, o Relógio de Flores... daí a tarde seguimos pra Valparaíso.

Fiquem longe, mas bem longe, de Valparaíso. Um lixo! Acho que Santos (SP) ou a Atalaia Nova (SE) ainda são melhores que aquilo... fala sério!!! Cidade portuária, sem graça e feia...não vi NADA interessante por lá, nem a La Sebastiana, casa local de Pablo Neruda, salvou. A gente só fazia dar risada no último banco da van, mas sem perder a esportiva, claro, afinal a gente estava de férias, curtindo ficar de papo pro ar...

Mas enfim, conhecemos, pelo menos que seja pra poder falar mal, mas conhecemos.


CÂMBIO

Comprei alguns Pesos antecipados através do site “Cotação”. Como moro em SP a única coisa que precisei fazer foi um cadastro no site e um DOC pra eles. Recebi meu dinheiro em casa... uma maravilha! Mas confesso que a cotação que veio nas compras do meu cartão foi um pouco melhor. Então sugiro que você leve um pouco de Pesos, mas use bastante seu cartão de crédito.

Digo isso, mas pra que a coisa funcione dessa forma o Dólar deve estar estável, ok?! Se o Dólar sobe muito antes do faturamento do seu cartão, você corre risco de perder muita grana... então acho que a opção é de cada um.

Pra quem gosta de números, cada Real valeu pra mim, em média, Ch$294,00.


Então é isso. Pra quem está em dúvida se vai ao Chile ou não, recomendo! Santiago é lindinha demais, fomos numa época ótima, um friozinho gostoso, estilo SP, baixa estação, hotéis mais baratos, neve suficiente pra esquiar... enfim, gostei demais de ter ido. Comi e bebi muito bem, tirei fotos lindas e, de quebra, conheci pessoas ótimas por lá, todas já ‘linkadas’ no meu Facebook, evidentemente.

Quem estiver indo e quiser tirar alguma dúvida, fico a disposição, ok?! É só deixar um recado aqui no Tolices. Fui!!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Chile - Parte II

Vamos dar continuidade aqui as dicas do Chile...

VINHOS/PISCO

“Pisco me encanta!”
Na primeira noite em Santiago bebi 10 deles... obviamente eu já estava chamando urubu de meu lôro no sexto, né?! Mas Pisco Sour se tornou a minha bebida oficial no Chile desde então (vide atual foto de abertura desse blog). E não foi a toa que eu trouxe 5 garrafas pro Brasil, ainda que uma tenha se quebrado no caminho, graças ao PÉSSIMO tratamento da TAM às minhas bagagens, todas elas, sem exceção, impressionante...

Então, pra mim o Pisco superou o consumo de vinhos, mas tenho consciência que isso é uma questão de gosto! Na verdade eu tenho uma necessidade de beber coisas sempre geladinhas... tenho mania de colocar gelo em suco, água, refrigerante... tudo! Vinho à temperatura ambiente não é uma coisa que desça maravilhosamente bem todas as vezes... a galera ia almoçar e tome vinho pra dentro... eu preferia pedir uma cerveja ou um Pisco... vinho descia melhor pra mim a noite, embora eu tenha bebido bastante por lá, especialmente por causa do preço.

Você conseguirá beber Pisco Sour por cerca de R$10 a taça ou uma bela garrafa de vinho por R$20! Por custo benefício não tenha nem dúvidas e peça um grand reserva pra acompanhar sua refeição, vale muito a pena.

Também trouxe muitas “botellas” de vinhos para o Brasil. Você pode comprá-las em supermercados, eu mesma fiz isso indo ao Unimarc, muito próximo ao meu hotel, mas recomendo uma adega chamada Mundo del Vino. Tinha uma em Las Condes, também pertinho do meu hotel, mas compramos mesmo na que fica no Shopping Parque Arauco.

Quanto às vinícolas, visitei apenas Concha y Toro. Sinceramente? Achei fraquíssima!!! Sim, o lugar é lindo, as fotos ficam bacanas, mas a visita é paupérrima em conhecimento e degustação, não me acrescentou EM NADA!!! São só 2 degustações, uma de um Casillero Sauvignon Blanc que você compra no supermercado mais perto de você por R$30 e um Dom Melchor, esse sim na casa dos R$300, mas de qualquer forma o tour é paupérrimo. É programa de turista messsssmo, aquele que você faz porque todo mundo faz, mas que você não volta a fazer nunca mais! Fomos de táxi (uma van) porque éramos 5 e ficou “barato” assim, mas existe a possibilidade de fazer uma viagem longa de metrô e descer mais perto da vinícola pagando um precinho camarada pela corrida. Faça a melhor opção pra você.

BARES/RESTAURANTES/NOITE

Não vivi intensamente a noite santiaguenha, mas posso dar meus pitacos.

Conheci o Liguria, um Pub, que recomendo. Se for não deixe de comer as patinhas de caranguejo... UMA COISA DE LOUCO!!!!

Outra noite fomos encontrar amigos no Moloko, um barzinho bem descolado, e gostei bastante também... ficamos numa área reservada, graças a nossos amigos locais, e a noite foi deliciosa...

Conhecemos também uma boite chamada Las Uracas. PASSE LONGE!!!! Só tem gente feia, um horror (aliás, ô povinho esquisito o do Chile, viu?! Vâmo combinar...).

Já quanto a restaurantes, posso dizer categoricamente que comi MUITO bem! Minhas recomendações, em ordem de preferência: KY, Azul Profundo, Tiramissu, Asian Bistrô, Como Água para Chocolate e Miraolas. O Giratório foi o único que decepcionou. Velho, caro... enfim, não vá, a não ser que você seja teimoso que nem eu! :P

Teve também o Donde Augusto, no Mercado, onde eu comi a famosa “centolla”, mas já falei dele aqui. Resumindo: caro! Mas... Bom, acho que você pode passar uma noite agradabilíssima ido até a Rua Constituicion, em Providência. Além de alguns desses restaurantes que mencionei, lá também fica o Patio Bellavista, um complexo de bares e restaurantes... bem legal, vale a visita!

Agora, me incomodou MUITO, por incrível que pareça, o fato de que em Santiago todo mundo fuma em qualquer lugar... estou completamente desacostumada a chegar “defumada” em casa no pós-balada, e aquilo me incomodava muito. Vamos eleger Serra Governador de Santiago pra dar uma mãozinha pros caras... hehe

VALE NEVADO

Essa foi uma parte indispensável da minha ida ao Chile. Na verdade programei férias e uma viagem assim há tempos... e a idéia era sempre uma: quero ver neve. E vi!!!

Pegamos uma van no Ski Total (tem preços bons, pesquise na net) por R$40 ida e volta. Lá você também pode alugar roupas e equipamento, mas eu já tinha levado roupas de SP e optei por alugar o equipamento lá em cima, no Vale. E não me arrependi. Não sei se foi pela época, mas os preços eram equivalentes... valeu a pena. Até comprei uma meia especial de neve lá em cima, porque meu pé estava congelando (!!!) e paguei R$23 por ela. Achei razoável depois do terrorismo que tinham feito pra mim, de que lá era tudo absurdo...

Enfim, realmente achei o preço do almoço um absurdo! Comi uma parrillada individual + 1 Cerveja Cristal e paguei mais de R$60... realmente um assalto! Mas o visual era uma coisa linda, né?! Escolhemos um restaurante no meio das montanhas, lindo lindo...

Pra entrar no Vale, alugar equipamento (tabla de snow + botas) e ter aula desembolsei cerca de R$200. No mais, muitas fotos e muitas (mas MUITAS) quedas! Kkkkkkk Esquiar exige prática o que, definitivamente, você não vai adquirir em um único dia! Mas até que me arrisquei... pra chegar ao restaurante passei por pistas de níveis mais difíceis, e isso custou caro... a cabeça parecia que ia explodir, os joelhos extremamente doloridos, o corpo uma hora não respondia mais e a solução foi fazer o percurso andando... kkkkkkk Mas foi legal... queria ter podido ficar uma semana hospedada ali, só praticando... quem sabe um dia?! ;)

Não conheci outras estações (uma parte da galera voltou a subir pro Vale, mas eu não tive condições físicas pra isso...). Até queria ter ido a La Parva (estava na programação fazer isso), mas acabei esquiando apenas no Vale, então não posso dar tantas dicas assim sobre esqui no Chile... o que posso dizer é que valeu muito a pena fazer o passeio e cada Real investido... foi demais!!!!!

Bom, depois escrevo mais... prometo que em mais um post termino essa parada do Chile!
Até lá...

domingo, 3 de outubro de 2010

Chile - Parte I

Ao sabor de um Orzada Carmenere (uva preferida nos últimos tempos da última semana) 2007, vou escrever um pouco (ou muito!) sobre minha viagem ao Chile, por um único e simples motivo: antes de viajar, “Monica Geller” que sou, pesquisei MUITO sobre o país, especialmente baseada em blogs de brasileiros que lá já estiveram.

Nada mais justo que proporcionar agora, aos novos viajantes, minhas impressões e dicas sobre Santiago, Vale Nevado, Viña Del Mar e Valparaíso. Praticamente um serviço de utilidade pública, facilmente acessível através de uma boa ‘googlada’. Vumbora!!!

Voltaria amanhã! Acho que esse é uma boa maneira de iniciar esse post. Mas, claro, não gostei 100% do que vi. A chegada no aeroporto é bem tumultuada, com um monte de taxista enchendo o seu saco pra te levar até o hotel... chega a ser indelicado e invasivo, mas nada que nós, brasileiros, não estejamos acostumados, né?! Ou você nunca foi assediado na beira da praia ou num semáforo?

Minha dica de chegada é: se você tem tempo e quer economizar, procure o stand/quiosque da Tur Bus no aeroporto. A Tur Bus é uma empresa de viação bem conhecida no Chile, que com uma van vai deixando os viajantes um a um em seus hotéis. Baratinho!!! Mas se você não quer fazer economia de palito, nem tem tempo a perder, negocie um táxi. Ch$15.000,00 é um valor razoável pra você chegar a Las Condes, por exemplo, bairro onde eu fiquei. Esse valor, claro, pelo trajeto, não por pessoa!

E por falar em Las Condes, não tenho críticas a fazer sobre o bairro, viu?! Tudo que é brasileiro fica em Providência... eu lhes pergunto: por que ficar na Bela Vista se você pode ficar no Jardins? (quem mora ou conhece SP vai entender o que eu quero dizer). Las Condes é um bairro nobre de Santiago, uma GRAÇA, cheio de restaurantes, supermercados, praças... possui metrô, e fica ao lado de Providência, pertinho dos burburinhos da city...

Pra quem tá indo, fiquei no Eurotel. Simples, básico, porém limpo e barato. Pros brasileiros batalhadores nossos de cada dia como eu, pra que mais??? Não tenho restrições quanto a este hotel, e recomendo. Localização EXCELENTE. Fica a dica!!!

Então ao chegar e acomodar-se em seu hotel, passo a falar sobre algumas impressões que tive de Santiago:

CUIDADO COM OS TAXISTAS!
Todos os táxis possuem um tipo de taxímetro que emite um comprovante... certifique-se de que sua corrida começou com uma bandeirada de Ch$250,00 e que este comprovante está sendo emitido ao tempo em que o táxi se locomove. Fomos “furtados” algumas vezes... muito espertinho por lá, sabe... uma coisa meio Brasil! Táxi lá é barato! Uma corrida (longa) de 8Km não deve dar mais que cerca de Ch$6.000,00 (equivalente a R$20,00). Mas eles acabam dando um jeito de enganar os trouxas que falam português... vale a pena ficar SEMPRE ligado,embora não sejam todos desonestos!!!

COMPRAS
Nada me empolgou! Fiquei de 01 a 08 de setembro de 2010 por lá, e não havia nenhum tipo de promoção. O Shopping Parque Arauco, que tanto li recomendações aqui na net, não oferece nada a mais que um shopping aqui de SP oferece... os preços se equivalem, salvo uma coisa ou outra... há lojas de departamentos gigantescas (Paris, Ripley, Falabela) e é legal comprar nelas, eu mesma o fiz (minha preferida foi a Ripley), mas dizer que é uma barganha, ah isso está muito longe de ser...

Fiz “a festa” na Puma, pois estava realmente em conta (não em promoção, mas em conta). Comprei mochila por R$55,00, tênis por R$70,00, camisa por R$45,00, carteira, enfim, comprei pacas, não só pra mim, mas presentes pra família também. A Zara igualmente é mais barata que no Brasil. Veja: não é barata, é ‘mais’ barata... então, digamos, vale a pena (terninhos e sobretudos, especialmente). Afora isso, compras aqui e ali, mas como eu disse, fuçando muito pra achar algo que aqui no Brasil fosse substancialmente mais caro. Nesses lugares que citei, posso dizer, fiz boas compras.

Outro lugar que fomos e não empolgou foram o Shopping Top Center e os outlets da Nike e Adidas. No primeiro, roupas “cafonas pra normais”... sabe... assim, pra quê ir tão longe (foi nossa corrida de táxi mais longa, a de 8Km) se você não vai encontrar um paraíso de compras? Ok ok... não vou ser injusta... comprei um casaco lindo por R$50,00, e uma calça legging preta por R$20,00 (essa eu tava precisando... kkkkkk). Mas no geral, deixou MUITO a desejar. Os outlets idem. Uma das minhas amigas comprou bastante coisa pra correr na Nike, mas eu, pessoalmente, achei tudo caro. Pô, não é “outlet”? Se tá caro não compro! Já no da Adidas foi um pouco melhor... as mochilas tinham um preço bom, mas eram pequenas... acabei comprando um tênis azul e amarelo LINDO por R$ 45,00... sim, sou meio alternativa! :P

Do comércio em si não posso falar porque não fui. Tinha anotado pra ir à Recoleta, espécie de José Paulino (SP) de lá, mas desisti de ir porque estava mais a fim de ficar de papo pro ar em Santiago que sair garimpando isso ou aquilo... não era meu objetivo! Entretanto, nas suas andanças por Santiago não será incomum andar por ruas de comércio, onde sempre vale a pena olhar uma coisa ou outra, especialmente casacos. Compramos um aqui e outro ali em lojas de rua, coisa boa, de qualidade, e que esquenta ou embeleza. Fiquem sempre ligados!

Então pra quem acha que vai lá como se estivesse indo a Orlando (USA), ESQUEÇA!

PONTOS TURÍSTICOS
Santiago já é uma belezura “a olho nu”! O que são aqueles Andes percorrendo a cidade, gente??? Lindo demais... aliás, do avião já se vê aquela Cordilheira linda, cheinha de neve... não seja bobo de sentar no meio do avião como eu fiz na ida... reserve sua janelinha e mantenha sua máquina fotográfica em punhos!

Além das cidades que visitei, das quais falarei mais tarde, e do Vale Nevado, claro, visitei o Mercado Municipal, parte do Centro e os Cerros de San Crsitóbal e Santa Lucía.

Sugiro que no mesmo dia que você faça o Mercado, vc caminhe até o Centro e visite a Praça das Armas e adjacências... tudo pertinho e bonitinho... se você é um desses viajantes que não abre mão de uma boa foto, tal qual está no seu guia de bolso, é uma boa oportunidade pra isso!

Do Mercado tenho boas recordações... mas não do Mercado em si! Esse é um quadrado com poucas bancas e cheio de gente te cercando desde a calçada de entrada, querendo que você almoce no restaurante dele, nossa... um inferno!!! Fora que quando você senta fica neguinho passando e te pedindo dinheiro... enfim, pra brasileiro não é nada excepcional, né?! Mas irrita! Digamos, se na Passarela do Caranguejo (em Aracaju, onde eu nasci) fica aquela dupla de repentista te enchendo o saco, lá vai ter uma dupla de caras cantando músicas típicas em troca de uma gorjeta... o que se tem que fazer é abstrair, pedir um vinho e saborear a comida típica chilena, leia-se, frutos do mar. E é por isso que tenho boas recordações do Mercado de Santiago...

Lá saboreamos a “centolla”, aquele caranguejo gigante que alguns chamam de “caranguejo do Alaska”. Gente... COMAM! Só digo isso. É caro? É! Mas comam!!!!! Não sei se é porque sou de Aracaju, criada a base de muito caranguejo, mas o sabor daquele treco é bom demais da conta, Jesus... queria um inteiro só pra mim! :P Então, basicamente, fomos ao Mercado sentar, beber e comer. É coisa pra turista ver e fazer? É! Mas o que você, brasileiro como eu, é em Santiago, senão um turista com uma máquina fotográfica na bolsa e uma vontade de ver e experimentar costumes locais? Vá em frente e não se acanhe... encare o caranga!

Os Cerros também valem a pena. Como dica de planejamento, posso adiantar que no mesmo dia, um domingo, fizemos o Mercado, passeamos no Centro, e de lá partimos pro Cerro San Cristóbal, embora advirta que estávamos de carro com amigos locais. Talvez de metrô a coisa seja mais demorada...

Coincidentemente chegamos ao Cerro San Cristóbal perto do pôr do sol... então vai mais uma dica pra vocês... foi espetacular ver o sol morrer atrás dos Andes... visão incrível, fotos incríveis. Lá comemos também o famoso “Mote”, doce típico chileno, uma calda de pêssego com milho, na boa, uma coisa bizarra! Kkkkkk Mas enfim, comemos. Lá também comprei trequinhos pra presentear e guardar de lembrança, coisas como imã de geladeira, copinho decorado etc. etc. E faço um alerta aqui: não deixem pra comprar esse tipo de coisa no Aeroporto de Santiago, triplica de preço!!!

O Cerro Santa Lucía você pode fazer no mesmo dia que o Palacio de La Moneda. É perto. Em frente também há um Centro de Artesanato, mas confesso que não atravessei a rua pra ir... o Cerro tem escadas e mais escadas, já estava cansada o suficiente! :P Mas o Cerro Santa Lucía é bacana também... você tem uma visão bem legal de Santiago, ainda que a do Cerro San Cristóbal seja mais bonita.

Então acho que de ponto turístico foi isso, viu gente?! Quem quiser se aprofundar mais sugiro visitar alguns museus da cidade.

E por hoje é só! Nos próximos posts vou falar sobre: vinhos/pisco; bares/restaurantes/noitada; Vale Nevado; e Viña Del Mar/Valparaíso, além de outras coisas que surjam na minha cachola... ATÉ LÁ!!!

I´m back!

Ora ora ora, se não é o bom e velho Tolices S.A....

Vontade de voltar a postar por aqui não faltou... mas a preguiça, com certeza, foi a maior responsável por esta longa ausência, afinal, “falta de tempo” não existe, né?! Somos donos do tempo e de nossos relógios... #ficaadica

Regularidade? Não prometo! Mas vou tentar reduzir o tamanho dos posts pra tentar manter a coisa funcionando por aqui... vale a tentativa!

Falando em post, vamos ao próximo e verdadeiro post de uma velha reestréia...
Sigam-me os bons!!!!