segunda-feira, 24 de março de 2008

FORA DO AR

Aí galerinha...

O que era pra ser uma "pequena pausa" vai se transformar num tempo maior.

Infelizmente vou dar um tempo (indeterminado) do blog. Detesto a idéia de abandoná-lo... deixá-lo aqui "ao Deus dará", sem postar nada... nem pensar! Prefiro dizer que estou realmente dando um tempo sem data pra voltar. Motivo? Falta de prazer! Quando a gente perde o tesão de fazer alguma coisa, vai embora todo interesse... bom, pelo menos comigo é assim.

Me diverti HORRORES em escrever e mais ainda em ver a repercussão de alguns textos, comentários de pessoas que eu nem imaginava que liam o blog... fiquei "me achando"!!! :p

Quando o prazer em escrever sobre "tolices" em geral voltar eu reativo isso aqui. Por enquanto ele fica assim, “fora do ar”...

Abraço gigante na galera de bem que andou por aqui.
Até a próxima!

terça-feira, 18 de março de 2008

Pequena Pausa


Por absoluta falta de tempo (e paciência para no curto tempo livre fazê-lo), o blog está sem um novo post desde o dia 11/03.


Estou atolada de trabalho... mas assim que puder dar uma respirada escrevo algo aqui pra vocês. Aliás, idéias não faltam... acho que dividirei o próximo post em 3 partes. Aguardem!


Abraços a todos

terça-feira, 11 de março de 2008

Amigos, praia, botecos, balada... e Dylan!

"Rio você foi feito pra mim"

Foi uma fugida rápida. Comprei (finalmente) um mochilão, coloquei nas costas e “mergulhei de cabeça” em mais uma visita a uma das cidades mais lindas do mundo... foram apenas 3 dias, um fim de semana, mas o suficiente pra recompor minhas energias. Tava precisando...

Emendando noites perdidas, cheguei ao Rio às 6h da manhã de uma sexta-feira ensolarada. Uma descansada rápida e já era tempo de dar uma volta na cidade... descer até Ipanema, rever um pedaço da família e em seguida encontrar uma amiga pra um almoço por ali mesmo, pertinho do mar...

E que almoço!!! Além de espantar de vez qualquer sinal de animosidade que restasse entre pessoas que se gostam bastante, o encontro despretensioso regado a chopes e mais chopes só acabou quando foram me buscar a caminho do próximo boteco da cidade!

É... perdoe-me Bob Dylan, mas foi ao som de Aviões do Forró que meu primeiro dia de viagem começou: “de bar em bar, de mesa em mesa”!!! Au...

Em se tratando de Rio, como sempre, algumas surpresas acontecem. Dessa vez reencontrei um amigo aqui de Aracaju que eu não via há séculos... enfim, o happy hour foi se estendendo, estendendo... afinal, é muito bom estar cercado de amigos, a gente não vê o tempo passar!

Quando os chopes começaram a me dar sono lá pras 22h a gente se apressou em ir tomar banho e correr pra noitada que, aliás, deixou um pouco a desejar... mas ah... reclamar de quê? Balada no Leblon, bebida gelada, gente bonita... fora que quando a gente anda naquelas ruas se sente numa novela de Manoel Carlos, né?! Na saída da boite, às 3:30h da matina, caminhar na Ataulfo de Paiva em direção ao BB Lanches teria sido uma cena glamourosa se eu não estivesse mais para Helena de Gilberto Braga* que pra de Manoel Carlos, mas tudo bem... pelo menos a gente tirou umas fotos legais!

* A Helena de Gilberto Braga a qual me refiro é a da novela Vale Tudo... não entendeu? “Joga no google”...

A essa altura eu era apenas um corpo perambulando e ansioso por descanso... e no dia seguinte, apesar dos telefonemas insistentes da minha amiga e companheira de boteco/balada/desfile quase glamouroso no Leblon/show Paula Amaro, só consegui levantar às 11:30h. E qual não seria a melhor opção pra levantar a moral e agüentar o ritmo frenético até o final da viagem se não ir à praia?


Na foto, Praia da Joatinga!

Muito sol e água de coco depois... it´s time to Bob Dylan, my friends! ;)


Bob Dylan

Quando a noite caiu a pilha pra assistir Bob Dylan já tava a mil... a expectativa, apesar de tudo, não era das maiores. Li todas as críticas que pude sobre os shows em São Paulo e elas não eram nada animadoras: voz rouca e baixa, palco mal iluminado, arranjos praticamente inéditos em canções imortalizadas, frieza no palco e a ausência de canções extremamente esperadas por nós, o público.

De certa forma isso foi até bom. Cheguei ao show tranqüila, querendo ver o cara no palco, mas sem esperar demais.

Pegamos um lugar excelente! A visão do palco era ótima, mas o melhor mesmo era contar com um banheiro e um serviço de bar a pouquíssimos metros: cerveja e xixi garantidos durante o espetáculo... I like it a looooot!!!

Quando o show começou, aí não tem jeito... o coração bate a mil!!! É sempre assim nesses shows que a gente vê acontecer por aí, mas nunca imagina que vai assistir... é sempre emocionante.

A primeira canção foi Rainy Day Women #12 & 35, mas confesso que era difícil captar qual a música que estava sendo executada durante o show... não tanto pelo som do lugar, mas pela voz de Dylan mesmo e dos arranjos, quase sempre irreconhecíveis.

Aliás, preciso confessar que Blowin´ in The Wind encerrou o show, mas eu só me dei conta disso no dia seguinte quando li as críticas do Jornal O Globo... será que foram as cervejas??? kkkkkkk Bom... entendendo ou não o que a sussurrante voz de Mr. Dylan dizia, pelo menos eu estive lá presenciando esse momento histórico... meus filhos e netos ainda me ouvirão falar sobre essa noite, tenho certeza, porque apesar de tudo ela foi mágica... não dá pra explicar!!!!!

A banda era SENSACIONAL... o ritmo... o palco com aquele ar ‘misterioso’ e, claro, aquele mito ali, bem na minha frente... Não dá pra expressar o quão prazeroso foi estar lá naquelas 2h... só quem é louco por música como eu tem uma noção dessa sensação, desse êxtase!


Ps. A melhor definição sobre o show que eu li (e olhe que li muitas) foi a de Zeca Camargo em seu blog. Leia e entenda porque eu não reconheci Blowin´ in The Wind e o porquê de ainda assim o show ter sido inesquecível...
http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/


A volta pra casa

Depois de um inebriante show de Dylan (e muitas outras cervejas e temakis no pós-show), me dei ao luxo de descansar o corpo dormindo até mais tarde... em seguida, hora de adquirir alguns quilinhos (!!!) num almoço regado a drinks, muita carne vermelha, pão, cebola e, claro, sobremesa (daquelas gigantescasssss).

Mais umas voltas na cidade, mais uns chopes de despedida fazendo hora pro aeroporto e já era hora de voltar pro ninho, tristonha... mas realizada!

A viagem foi tranqüila e perfeita. As companhias incomparáveis... Juba e Di, Deco, Karlitcha, Lalá, Flávia Amaro, Bruno, Flávio, Diana, Ju e, claro, Kaká (kkkk agora citei!) e Paula Amaro... MUITO ORBIGADA MESMO!!!!! Em breve (muuuuuuuuito em breve... eh eh) eu tô aí de novo... Quem sabe no show da Joss Stone?

Reserva a pensão aí pra mim, Paulette! :p

quinta-feira, 6 de março de 2008

Apertem os cintos... o ‘sono’ sumiu!!!

Estou MUITO cansada pra pensar num post decente esses dias.

Fui surpreendida na terça com a notícia que eu teria que voar pra Recife no dia seguinte por motivo de trabalho. Foram duas noites (seguidas) perdidas entre vôos de indas e vindas...

Aliás, que bela merda a rota de vôos designada para Aracaju, heim?! Pra se ir à Recife você precisa descer pra depois subir, ou seja, ir a Salvador, pegar uma conexão, e depois ir pra Recife. Eu sei que deve haver outros vôos, quem sabe um direto, mas já tinha notado antes que não sei por conta de quê, ou de quem, a maioria dos vôos que saem ou chegam à Aracaju submete o passageiro a varar as madrugadas, desembarcando sempre exausto em seu destino.

Mas também, com um aeroporto desses não dá pra exigir muito dos vôos, né?! Perto do aeroporto de Recife – Guararapes, o Santa Maria parece uma rodoviária do interior da Bahia... Salvador, Maceió... todos belos e modernos... aí reclamam que Sergipe não tem turismo e esquecem que o fracasso do ramo começa logo na chegada dos visitantes.

Deixa pra lá... aeroporto à parte, só de pensar que logo mais estarei perdendo mais uma noite, a terceira seguida, num novo vôo, mesmo que o destino seja muito mais atraente e o motivo muito mais excitante, já me dá dor de cabeça. Nesses dias, nem o IPod tem salvado... acho que o jeito vai ser, como diz minha mãe, tomar “uma bandinha” de lexotan. Até porque depois que abriram a caixa-preta da aviação aérea no Brasil viajar de avião tornou-se menos seguro que pular de bungie jump na Nova Zelândia!

Quando o avião da GOL caiu em 29 de setembro de 2006, deflagrando o problema todo que a gente já conhece, eu já estava com passagens compradas pro Rio num vôo TAM saindo de Aracaju em 11 de outubro.

Foi uma das piores viagens da minha vida. De madrugada, sozinha, tensa! Com o tempo a coisa melhorou, mas mesmo assim nunca mais eu consegui dormir (pelo menos em sono profundo) como eu costumava fazer antes. Por isso essa rota de vôos de Aracaju me deixa ainda mais cansada, afinal, dormindo ou não, quando chego ao destino a última coisa que quero fazer é justamente dormir.

Tô aqui contabilizando que minha próxima dormida pra valer desde a noite de segunda pra terça (na qual, frise-se, eu já dormi muito mal) será da segunda pra terça da semana que vem, já que meu vôo de volta a Aju será (claro!!!!) na madrugada do domingo pra segunda. Considerando que eu estou indo ao Rio acho difícil não perder as noites dos dias em que estarei por lá, né?! Haja fôlego... mas eu consigo! ;)

E muito embora todas as críticas, a única coisa que eu queria pra valer era voltar a relaxar no avião, sabe? Que me devolvessem o prazer de estar lá em cima, pertinho das nuvens, vendo o mundo de outro ângulo... mas infelizmente até o procedimento corriqueiro de preparação para decolagem tem me dado frio na espinha...

Aquela encenação de máscaras de oxigênio caindo sobre a minha cabeça ultimamente me assustam mais que qualquer cena de "O Massacre da Serra Elétrica"! E não adianta fingir que não tá vendo a aeromoça ali na frente e lançar aquele olhar perdido pela janelinha... eu até fiz isso, mas de repente me dei conta que o chefe de cabine tinha acabado de dizer no alto falante a seguinte frase: “...lembrem-se que os seus assentos são flutuantes. Em caso de pouso na água retire-o e leve-o com você”.

MEU AMIGO, LEVAR PRA ONDE?????? Tá de sacanagem, né possível... eu me sentindo numa cena de “Lost”, depois de provavelmente ter feito necessidades fisiológicas nas calças vendo o avião em pane pousar na água, me preocupar em soltar o assento aonde estou sentada pra sair flutuando pelo Oceano Atlântico... isso se eu sobreviver, né?! Porque essa de pouso na água com os passageiros saindo cada um com seus assentos fazendo às vezes de bóia eu nunca vi!!!!

E o pouso???? Aff... sangue de Jesus tem poder... a primeira coisa que acontece quando o avião onde eu estou toca o solo é uma voz bem alta berrando na minha cabeça: “abre o reversor... abre o reversor... abre o reversor... abre o reversor porraaaaaaaaa!!!!!!!” Ufa... de repente ele abre.

Mas viajar é preciso, ainda mais quando se tem um show de Bob Dylan pra assistir no sábado a noite...

Lexotan na corrente sangüínea.
Sinal da cruz.
Fones no ouvido.
Rio: TÔ CHEGANDO!

Ps. Próximo post... Rio de Janeiro/Bob Dylan. Au!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Chutando o balde

Listas, listas e listas!

Desde cedo a gente se habitua a viver a vida pautado sobre listas e mais listas... é lista de material escolar, lista de telefone, lista do supermercado, lista de aprovados no vestibular... tem até “lista virtual”, ou você nunca brincou de ganhar na mega sena e fez uma lista das coisas que gostaria de fazer com a grana???

Eu particularmente adoro listas. Toda vez que vou viajar, por exemplo, pode ser viagem de um dia, pode ser pra o lugar mais perto do mundo, eu faço uma lista das coisas que tenho que colocar na mala. Por outro lado, tem tempo que meu terapeuta me pediu uma “lista de objetivos”, digamos assim, e essa eu ainda não escrevi. Não sei se porque tô com medo de escrever coisas que eu espero realizar e mais tarde ter que enfrentar a frustração de não tê-las conseguido, ou se porque um marasmo enorme me abateu e eu ando desanimada demais pra ter objetivos. Prefiro ficar com a primeira opção, afinal, é melhor ser covarde que apática, mas prometo, Doutor, escreverei em breve...

Pensei nessa bendita lista hoje ao sair do cinema. Aliás, me permitam abrir aqui um “ps”: quem quiser minha companhia pra um cinema nas próximas semanas, por favor, convide-me pra assistir a um filme leve, divertido e que me arranque boas risadas... não agüento mais sair de nariz entupido do cinemark!!!!

Bom, voltando... depois de “O Caçador de Pipas” semana passada, hoje fui assistir “Antes de Partir”, cujo título original é... “The Bucket List”!

O filme conta a história de dois homens com câncer em estágio terminal, que ‘fogem’ do hospital e põem os pés na estrada com uma lista de coisas que gostariam de fazer antes de morrer. Os personagens interpretados, nada mais nada menos, que por Morgan Freeman e Jack Nicholson, dão ao filme o apuro que um excelente roteiro e uma puta trilha sonora precisavam.

Na “lista do balde” (nos EUA utiliza-se a expressão “chutar o balde” para o que no Brasil diríamos “bater as botas”, daí o título original do filme) existem coisas como “rir até chorar”, “testemunhar um grande evento”, “dirigir um Mustang Shelby”, “fazer uma tatuagem”, “beijar a mulher mais linda do mundo”, e por aí vai...

O que me deixou pensativa e lembrando do meu terapeuta na saída do filme é o fato de que uma “lista do balde” pode ser feita em qualquer momento das nossas vidas, tenha você 12, 21, 43 ou 70 anos. Ela pode ser rabiscada a qualquer momento, seja para acrescer itens, seja para riscá-los. O problema é: por que geralmente listas assim costumam ser feitas quando o relógio marca pouco tempo pro final do jogo? Assim como no filme, por que esperar tanto pra correr atrás das coisas que desejamos muito fazer?

É mesmo inerente à natureza humana essa “espera sem sentido”, ainda mais em se tratando de brasileiros que somos, aquela velha mania de deixar tudo pra última hora...

Pois bem, eu espero viver ainda... hum....... uns 60 anos. É bastante tempo! De qualquer forma, a gente nunca sabe mesmo... e melhor nem saber!!! Tudo que eu sei – e já me basta – é que cada dia que passa menos 24 horas eu tenho pra escrever e rabiscar a minha lista, assim como você a sua.

Difícil é focar! Ultimamente parece que eu andei em círculos!!!!!!!
Ok... nunca é tarde... no filme os caras tinham meses de vida e conseguiram rabiscar todos os itens... então com um pouco de sorte ainda dá tempo de escrever e rabiscar a minha.

Inconscientemente eu andei começando esses dias. E você?