segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Versões ou Aversões

Hoje enquanto degustava meu almoço ouvi a BELÍSSIMA canção do Damien Rice, The Blower's Daughter, que faz parte da trilha sonora do filme Closer, um dos meus preferidos.

Me lembrei de ter ido assistir ao filme no cinema e ficar estatalada vendo as letrinhas subindo ao som dessa música que até então eu nunca tinha ouvido… Saí do cinema alucinada pra descobrir que música era aquela e como conseguir colocá-la pra tocar no meu som até furar o cd…

Pouco tempo se passou e hoje eu mal consigo ouvir o Damien Rice balbuciar a primeira sílaba de The Blower's Daughter. Motivo? A gravação TOSCA que a Ana Carolina fez e que com tanto jabá tocou no rádio até quase promover uma lavagem cerebral nos seres humanos...

Gente... eu ADORO a Ana Carolina, mas, sinceramente, essa coisa de versão em português de músicas internacionais é uma coisa que me dá aflição crônica!

Os pobres coitados do Scorpions de uns tempos pra cá – sabe lá Deus porquê – viraram o xodó das bandas de forró. Hoje é um suplício chegar num bar/restaurante e dar de cara com o DVD do Scorpions passando... a gente quase pede pra ficar com os 10% no final como uma espécie de indenização pela tortura auditiva...

E o que falar então quando duas porcarias se encontram? Sandy e Júnior, mesmo, resolveram gravar uma versão em português da CHATÍSSIMA My Heart Will Go On, da não menos CHATA Celine Dion. Cadê o produtor musical dessas crianças, meu Deus??? A “prima” sertaneja não fica pra trás não, viu?! Vanessa Camargo adooooora uma versão bizarra... mas o que eu não posso mesmo é encerrar esse parágrafo sem comentar sobre Kelly Key e sua "Sou a barbie girl", versão da insuportável (adivinha?) “Barbie Girl”. Bom, pelo menos ela é ex-namorada do Latino, isso explica tudo...

Mas chato mesmo é quando resolvem fazer versão da sua banda preferida... putz!!!! Até hoje eu tenho uma certa repugnância a And I Love Her, dos Beatles. Não é que Zezé di Camargo e Luciano fizeram uma versão e ela foi parar na novela Perigosas Peruas da Globo? Resultado: LAVAGEM CEREBRAL...

Mas não foi só. Simony (ai Jesus...) resolveu gravar uma versão de Till There Was You. Quem não conhece??? “Nem o céu, nem o mar, nem o brilho das estrelas.......” MEU DEUS, POR QUE MEU DEUSSSSS??? Kkkkk Enfim... nem vou falar da Jovem Guarda aqui pra não estender ainda mais o post de hoje...

Agora, gente... quando o assunto são versões toscas, alguém supera a Simone??? Fala sério!!! SIMONE GRAVOU? FUDEU!!! Happy Xmas, de John Lennon, tem uma história e tanto por trás... celebrava a vida e era um dos panos de fundo do movimento de paz liderado por Lennon durante a Guerra do Vietnã no final da década de 60, mas a cantora tupiniquim resolveu gravar sua versão que não serviu como pano de fundo pra nada, mas deu um belo fundo a sua conta bancária, após inundar todas as lojas de departamento e todas as rádios desse país com sua irritante “Então é Natal...”. Lennon se revira no túmulo até hoje, coitado...
E quando eu digo que ela é insuperável na arte de fazer versões toscas, não falo a toa: Simone TAMBÉM gravou uma versão de The Blower's Daughter. Dá pra você?

Pois é, meus amigos, torçam, mas torçam messsssmo, pra Simone, Vanessa Camargo, Kelly Key ou qualquer outro cantor deste país não “cismar” com aquela música que você tanto gosta de ouvir, porque se pinta uma versão, esqueça: você nunca mais vai conseguir escutá-la com a mesma beleza...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Telefone Sem Fio

A gente acha que tá mais acostumado a lidar com a fofoca das celebridades, aquela que desperta a curiosidade da nação, aquela que vende revista... quem não lembra do boato que o Orlando Morais, marido da Glória Pires, tinha um caso com Cléo Pires, sua enteada? A família inteira teve que ir ao Faustão (programa de maior audiência em números absolutos da Globo) pra desmentir o assunto... tiveram que tocar num assunto de família tão delicado em rede nacional, porque era preciso esclarecer a todos que aquilo era só um boato maldoso... uma coisa lamentável.

Mas todos os dias todos nós somos alvos – menores, é verdade! – da maldade alheia. E se você, como eu, é uma pessoa que se expõe muito, é quase certo que mais cedo ou mais tarde um ou outro boato vai te incomodar bastante.

Já devem ter dito coisas absurdas sobre mim que nunca chegaram ao meu ouvido. Será que isso é melhor ou pior do que saber da ‘filha putice’ alheia?

Bem ou mal, “o que os olhos não vêem o coração não sente”, não é mesmo? Mas o que fazer pra terminar com um boato quando não se pode ir em rede nacional fazê-lo? Vale a pena tentar consertá-lo? Ou “merda quanto mais mexe mais fede”???

Apesar de ser uma canceriana convicta, sou o tipo de mulher que não tem medo de enfrentar as coisas da vida... confesso até que faço mais o tipo que prefere resolver as coisas de cabeça quente, mesmo sabendo que de cabeça quente não se deve resolver nada... mas fazer o quê se são nessas horas que eu desempenho a minha melhor performance? Por exemplo, sempre adorei jogar vôlei contra os colégios que eu mais “detestava” porque era nessas partidas que eu jogava melhor... e as minhas petições são bem melhores quando eu fico indignada com as alegações da parte adversa... até meus palavrões são mais qualificados se eu falo no calor da discussão... Rs...!

O fato é que quando se trata da “falação” do povo, nem mesmo rede nacional resolve, quanto mais qualquer outro artifício. Pior ainda quando não é bem “o povo” que fala, quando vc é uma gotinha de água no meio de um puta oceano...

No meu caso, indignação basta? Raiva? Mandar todo mundo pra puta que pariu???

É meio revoltante pensar também que quando se é involuntariamente envolto num boato pessoas que te conhecem ou que até convivam com você se questionem sobre a verdade do que se está sendo dito, né?! Mas, afinal: quem de nós não julga? Mesmo assim, certas coisas são inimagináveis... nossa... o desapontamento é inevitável!

Putz... é tão complicada essa coisa de boato... esse telefone sem fio que não é tão engraçado quanto aquele que a gente costumava fazer no recreio da escola...

Quando se trata da vida real e de pessoas adultas e de caráter, essa “brincadeira” não tem graça nenhuma.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Desilusão Ortográfica (plagiando Luana Oliva)

Aí você sai... no fim da noite, nada a perder, um cara "pegável" se joga pra você e você fica com ele...

Ele é de fora, presta serviço pra Petrobrás aplicando um fluido num poço de petróleo... você pensa: "Porra, que trabalho legal... ele deve ganhar bem...".

No dia seguinte, chama ele pra uma pizza e dá umas beijocas, mas não se interessa muito... sei lá, no fundo no fundo você acha que tá mais uma vez perdendo tempo, e tempo a essa altura do campeonato custa muito caro!

Foi a sorte!!!!

Você não atende mais o cara e depois é obrigada a receber os e-mails que transcrevo abaixo.

Como diria minha amiga Lua, desilusão ortográfica é foda... é o mal da era cibernética com seus e-mails e "msn´s".

Ah, negritei pra ficar ainda mais divertida a leitura...

***
De:
Enviada: ter 14/10/2008 09:33
Para: Paula Dantas - Jurídico Comercial/SE
Assunto: Oi


Olá,
Eu sou o Cadu, desculpa por ter insestido em ligar para você ontem, pois eu só queria conversar um pouco e ter desejar uma boa viajem, eu gostei muito do seu papo. Você poderia ter atendido o telefone mesmo se você não quiser-se sair eu entenderia e não teria nenhum problema.

Eu devo ir trabalhar na quarta e talvez volte na quarta mesmo, ai eu ficaria mais um dia aqui, eu vou ligar esta tarde para o meu serviço para saber.

Seria muito bom se você estivesse aqui hoje, eu fiquei sabendo q hoje tem um show da Adriana Calcanhoto e sua companhia seria muito legal.

Um abraço e mil beijos
Espero que você me responda pelo e-mail, foi muito legal esses dois dias que fiquei com você.

Aguardo sua reposta
Beijos
Cadu

2008/10/14 Paula Dantas - Jurídico Comercial/SE <pauladantas@xxxx.com.br>

Oi Cadu!

Eu estou em Salvador, conforme te disse...
Só agora parei um pouco pra acessar a net, mas ainda não jantei e o tempo aqui tá bem corrido...

Prometo que de Aracaju, com calma, te escrevo, tá?! Embora ainda não tenha data pra retornar...

Beijos,
Paula

De:
Enviada em: terça-feira, 14 de outubro de 2008 21:18
Para: Paula Dantas - Jurídico Comercial/SE
Assunto: Re: Oi

Eu estou embarcado agora, eu vim hoje a tarde e ja vou desembracar amanha de manhã, devo estar indo para o Rio quinta de madrugada. De repente eu volte tb semana q vem pois deu problema aqui no serviço e derepente vai ter de fazer tudo de novo.

Gostei de ter conhecer, espero q a gente continue se escrevendo, pena só que eu não conseguir falar com vc no telefone para poder houvir tua voz mais um pouco. Desculpe eu ter te ligado varias vezes derepente eu te atrapalhei em alguma coisa.

Beijos tudo de bom para vc
Me de noticias

***

É Cadu... se você quiser-se mesmo falar comigo, deveria ter insestido mais antes da minha viajem... derepente eu tô achando que depois dessa troca de e-mail, definitivamente, você não vai houvir minha voz nunca mais!

Ai ai...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Meu Senhor do Bonfim


Na noite do último Reveillon, logo na entrada da festa, os convidados recebiam umas fitinhas do Senhor do Bonfim, muito popular aqui no Nordeste, especialmente na Bahia. A meu pedido, uma das minhas melhores amigas amarrou uma delas no meu pulso, e então eu mentalizei COM TODAS AS MINHAS FORÇAS os meus 3 desejos, certa de que 2008 seria o ano ideal pra colocar tudo aquilo em prática (o que, de fato, está sendo!!!).

Prometi pra mim mesma que não ia tirar essa fitinha por nada, por nenhuma festa de gala, por nenhuma reclamação de terceiros... e aqui está ela, velhinha e “fubambenta”, escondida pelo relógio do meu pulso esquerdo, onde há de permanecer até que caia por si só e meus 3 desejos sejam realizados pelo santo. É assim que manda a tradição.

Superstições à parte, hoje venho ao Tolices lhes contar que o meu terceiro desejo se realizou. Lembro-me de fazer os 2 primeiros pedidos logo de cara e ficar imaginando o que poderia ser meu terceiro desejo... até que ele veio à cabeça enquanto eu segurava uma taça de proseco na mão: “vai, Karine... aperta esse negócio, minha fia... ah porra... ficou folgado... agora deixe!”.

Exatos 10 meses se passaram até que o último e quase esquecido dos pedidos viesse a ser ironicamente o primeiro a se realizar. Fico contente. Estou contente. Resta saber quando os outros 2 se concretizarão...

Pressa? Não há. Na verdade ela existe apenas pro segundo. Tô correndo atrás.
Quanto ao primeiro... bom, esse é o tipo de pedido que a gente pode esperar o tempo que for necessário... a gente apenas torce pra que não demore muito.


Epílogo

A fita original foi criada em 1809, tendo desaparecido no início da década de 1950. Conhecida como medida do Bonfim, o seu nome devia-se ao fato de que media exatos 47 centímetros de comprimento, a medida do braço direito da estátua de Jesus Cristo, Senhor do Bonfim, postada no altar-mor da igreja mais famosa da Bahia.

A "medida" era confeccionada em seda
, com o desenho e o nome do santo bordados à mão e o acabamento feito em tinta dourada ou prateada. Era usada no pescoço como um colar, no qual se penduravam medalhas e santinhos, funcionando como uma moeda de troca: ao pagar uma promessa, o fiel carregava uma foto ou uma pequena escultura de cera representando a parte do corpo curada com o auxílio do santo (ex-voto). Como lembrança, adquiria uma dessas fitas, simbolizando a própria igreja.

Não se sabe quando a transição para a atual fita, de pulso
, ocorreu, sendo fato que em meados da década de 1960 a nova fita já era comercializada nas ruas de Salvador, quando foi adotada pelos hippies baianos como parte de sua indumentária.

A fitinha atual, vendida por ambulantes em volta da Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador, precipuamente é uma lembrança e atestado da visita que o devoto ou turista tenha realizado àquele templo católico.

Confeccionada em tecido comum, pode ser amarrada no pulso ou mesmo no tornozelo
, dependendo do gosto da pessoa. Seu uso, porém, carrega uma outra significação, supersticiosa e folclórica: o usuário, ao amarrá-la, deve dar 3 nós, fazendo então 3 desejos, ou pedidos, ao Senhor do Bonfim. Esses pedidos serão satisfeitos quando o tecido se desgastar e romper.

Reza a tradição que a fita não pode ser retirada, mesmo tendo se desgastado ao longo do tempo: ela deve cair espontaneamente e, quando tal ocorre, é porque os desejos ou pedidos serão atendidos.

Fonte: Wikepedia