terça-feira, 31 de março de 2009

Xi...

Não sei o que me anda acontecendo...
Tudo bem que meu pai sempre disse que eu sou broca, que sou avoada etc. etc., mas vindo do meu pai e sua educação ‘militaresca’ já é normal, né?! Só que ultimamente só não tô esquecendo de levar a cabeça ao sair de casa porque tá grudada no meu pescoço!!!

Esse mês consegui esquecer o aniversário de duas amigas extremamente adoradas... no primeiro esquecimento ainda pude me dar a desculpa de estar fora de Aracaju, o que nem de longe justifica, né... mas dessa vez, nem isso!

Nunca esqueci o aniversário de ninguém. Isso deve ser coisa desse maldito Orkut, que fica condicionando a gente mal e nos lembrando dos aniversários... daí quando a pessoa não marca no Orkut ou não tem Orkut a gente fica assim, com a cara mexendo...

Ainda que a viagem ou o Orkut sejam desculpas do meu atual estado de “demência”, fiquei preocupada com a minha falta de memória ainda tão jovem... andei lendo umas coisinhas e pelo menos já afastei a possibilidade de Alzheimer... não que alguém jovem como eu não possa tê-lo, mas não me encaixo em nenhum dos sintomas. Menos mal. Na verdade meu diagnóstico não pende propriamente a perda de memória, mas a simples esquecimento.

Li que esquecimento é uma falha na retenção ou na evocação dos dados da memória e é um fenômeno muito, mas muito comum... todo mundo sabe disso. Quando em maiores doses, acabam incomodando... é o meu caso. Aí se começa a investigar a causa do esquecimento pra tentar encontrar uma solução pra ele.

Li coisas interessantíssimas, que me fizeram pensar em outros tipos de esquecimentos, esses muito mais desejados, afinal, quem nunca quis esquecer alguma coisa ou alguém? Simplesmente não lembrar da ocorrência do fato ou da existência da pessoa? Em “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, a personagem de Kate Winslete aceita se submeter a um tratamento experimental que retira de sua memória os momentos vividos com a personagem de Jim Carrey, um ex-namorado. Tudo bem que o filme é ficção pura, e confesso que talvez por conta de uma direção ou de um roteiro ruim, tenha se perdido do meio pro fim. Contudo, a idéia do filme não é de todo ruim. Já pensou se essa maquininha existisse?

Bom, ainda que ela não exista, é possível esquecer-se pelo desuso da memória, o que provocaria, segundo esta teoria, um enfraquecimento dos circuitos da memória, tornando cada vez mais difícil o acesso a informações, digamos assim, pouco visitadas.

Outra teoria afirma que um novo aprendizado pode interferir com um antigo que lhe guarde alguma semelhança ou que lhe possa ser associado. Assim, a cada nova informação haveria modificação naquelas já sedimentadas. Talvez essa teoria explique aquela velha recomendação de arrumar outro(a) pra esquecer do(a) anterior. Bom, é o que eu tenho interpretado...

O fato é que infelizmente (ou felizmente) nenhuma dessas causas explica totalmente a ocorrência do esquecimento. E se nenhuma teoria se aplica aos meus inescusáveis esquecimentos dos últimos tempos, só posso atribuí-los a excitação que os últimos meses têm me causado, com algumas mudanças cada vez mais próximas e sedimentadas. A gente acaba focando demais e ficando mais “aéreo” do que deveria. Sei que os amigos entendem, é meu consolo.

A Larissa e Tamar, dedicação total do post de hoje.
Amo vocês (mesmo tendo esquecido o dia de seus aniversários... :p)

2 comentários:

Tamar disse...

Amiga, vc é demais... só pelo talento literário e pelo telefonema de ontem, tá desculpadíssima :))) Sei que o momento é delicado e que tudo vai dar certo pra vc. Depois vc compensa o chá-bar e o aniversário (rs). Bjo grande!

Vera disse...

Só não vá esquecer que tem mãe, viu peste?