Pela manhã fui responder um e-mail e falando sobre a vida lembrei daquele poeta, aquele nada convencional que eu costumo ouvir estridentemente derramar sua prosa em meus ouvidos.
Me vi escrevendo uma coisa tão dele... mesmo sem querer, pois só percebi após o “send” que na verdade eu era mais ele do que eu, repetindo suas falas, repartindo seus sentimentos desvairados.
Da trajetória dele não quero nada, só algumas rimas emprestadas, como a que hoje eu teimei usar.
E isso me preocupa... muitas dessas rimas ficam lindas em canções, mas estragariam qualquer porta-retrato.
Eu hei de me livrar de algumas delas, como essa de hoje... esse pensamento mesquinho de achar que existe algum heroísmo em não fazer mal as outras pessoas, mas ser estúpido o suficiente pra fazer mal a si mesmo.
Me vi escrevendo uma coisa tão dele... mesmo sem querer, pois só percebi após o “send” que na verdade eu era mais ele do que eu, repetindo suas falas, repartindo seus sentimentos desvairados.
Da trajetória dele não quero nada, só algumas rimas emprestadas, como a que hoje eu teimei usar.
E isso me preocupa... muitas dessas rimas ficam lindas em canções, mas estragariam qualquer porta-retrato.
Eu hei de me livrar de algumas delas, como essa de hoje... esse pensamento mesquinho de achar que existe algum heroísmo em não fazer mal as outras pessoas, mas ser estúpido o suficiente pra fazer mal a si mesmo.
Nunca viram ninguém triste?
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Feito um cachorro otário
Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim...
Por que não me deixam em paz?
As guerras são tão tristes
E não tem nada demais
Me deixem, bicho acuado
Por um inimigo imaginário
Correndo atrás dos carros
Feito um cachorro otário
Me deixem, ataque equivocado
Por um falso alarme
Quebrando objetos inúteis
Como quem leva uma topada
Me deixem amolar e esmurrar
A faca cega, cega da paixão
E dar tiros a esmo e ferir
O mesmo cego coração
Não escondam suas crianças
Nem chamem o síndico
Nem chamem a polícia
Nem chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim mesmo
A não ser a mim...
“Cazuza”
4 comentários:
PUTZ!
...que lindo...
essa melancolia não combina com seus posts...
by the way, eu com meu imenso fuçamento orkutiano vi que seu irmão vai a ny, certo???
uma tia minha acho que tb está indo, mas ainda não tenho certeza... caso ela não vá, será que seu irmão se chatearia se eu mandasse por ele uns presentinhos pras minhas DUAS sobrinhas?? prometo que não vou ocupar muito a mala dele!!!!
beijo grande
Taí um post que eu gostaria de ter escrito...
Nossa, lindo! "A melancolia te cai bem". Beijocas. :)
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