segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Odôiá!!!

Como quer que se escreva o nome - Iemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja ou Yemoja -, este orixá africano significa “Mãe cujos filhos são peixes”.

Na Mitologia Yoruba (os iorubás ou iorubas, também conhecidos como ou yorubá ou yoruba, são um dos maiores grupo étno-linguístico ou grupo étnico da África Ociedental, composto por 30 milhões de pessoas em toda a região), a dona do mar é Olokun, que é, justamente, a mãe de Yemojá.

Na verdade tudo que eu disse até aqui, naturalmente fonte de pesquisa no bom e velho Google, foi para lembrá-los, como diria a música, que hoje é dia 02 de fevereiro... Dia de Yemanjá! Aliás, dia de Nossa Senhora dos Navegantes também, já que as festas se fundem aqui no Novo Mundo.

Salvador sedia uma das maiores festas religiosas do Brasil que, ironicamente, não tem origem no catolicismo, mas sim no candomblé. Hoje, por lá, o “o circo deve tá pegando fogo”... são centenas de pessoas indo deixar seus presentes nos balaios organizados pelos pescadores do bairro do Rio Vermelho junto com muitas mães de santo de terreiros de Salvador. Flores, perfumes, tecidos, rendas, fitas, dinheiro, espelhos, pentes, sabonetes, inclusive cartinhas com pedidos, todos levados à tarde nos balaios para serem jogados em alto mar.

E os pedidos são variados. Vão desde casos de amor mal resolvidos, até a realização de sonhos e ambições maiores... na verdade, tudo traduz o amor e devoção de muita, mas muita gente, que cultua essa "deusa africana".

Bom, não sou pescadora, muito menos filha do candomblé, mas... não custa nada receber uma bençãozinha extra, né?! Vai que ‘a muié’ é poderosa mesmo?! Então vou deixar aqui pra vocês também um ritual para ser abençoado pela rainha do mar e atrair muito sucesso:

Vá até a praia num sábado e entregue nas águas um barquinho de isopor contendo algumas maçãs, uvas, um mamão, sete rosas brancas, um vidro de perfume de alfazema e um espelho.
Junto das oferendas, coloque um papel com todos seus pedidos por escrito.
Depois, abra uma champanhe e despeje o líquido por todo seu corpo, enquanto repete seus pedidos em voz alta.
Por fim, lave-se nas águas do mar, acenda uma vela deixando-a na areia.

Pronto. Só mais um aviso: se alguém for realizar o ritual, sugiro o “Parati” no sábado por volta das 11h. E por favor: não deixem de me avisar pra eu levar minha máquina... :p

*O título do post de hoje é o grito com que se saúda a deusa: “odô iyá!” Significa "mãe do rio".

Um comentário:

Michela Ricarte disse...

Paulíssimaaaaa!
Imagine minha agonia aqui nesse frio, longe do mar?
Usei branco, acendi uma vela e fiz uma canjica (prato que se oferece a Yemanjá). Nao tinha onde deixar, pedi licença e acabamos deverondo o pratão de canjica, eu e a italianada toda. O difícil mesmo era fazer o povo pronunciar canjica com o som nasal. Por aqui batizamos como "polenta dolce".
Beijosss