sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ê ressaca...

Assim que meu corpo parar de doer, minha garganta de arder, minha cabeça de latejar e meu nariz de corisar, eu conto as aventuras de mais um Carnaval de Salvador aqui pra vocês, ok?! Mas até que isso aconteça a disposição pra escrever aqui no Tolices, ou melhor, a disposição pra fazer qualquer coisa, é ZERO!
Coisas que só a Baêa faz por você... nhá!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

As coisas são para o que se propõem.

Nos dias que antecedem a melhor festa do ano, pelo menos em minha opinião, tirei do som do carro meus cd´s de Beatles, Zeppelin e afins e os troquei pelos do Asa de Águia e Chiclete com Banana.

Sou muito assim. Se vai rolar um show do Zeca Baleiro e eu vou, fico uma semana passeando pela discografia do cara até o show chegar. Recentemente foi assim com Manu Chao, quando pude ouvir novamente músicas que há algum tempo eu não ouvia.

Com o carnaval chegando era hora de chacoalhar o esqueleto dirigindo a caminho do trabalho. E se o objetivo é chacoalhar, meus caros, nada melhor que um axé music no volume máximo, fala sério...

E assim, ouvindo Bel Marques em MP3, concluí que na vida todas as coisas são para o que se propõem., e você não deve desvirtuar esse sentido, pois ao contrário, não extrairá o que elas podem lhe oferecer de melhor.

No axé music, por exemplo, preocupe-se em cantar bem alto ou dançar como louco, de preferência bem perto de um trio. Se for em Salvador, melhor ainda! Essa emoção se multiplica... mas nunca, nunca procure beleza em tais versos baianos... não se trata de Castro Alves ou Jorge Amado, “Dandalunda, maimbanda, coquê” e “Cara caramba cara caraô” foram feitas simplesmente pra você pular, pular e pular... então, pule!!!

E assim como o carnaval foi feito pra você se divertir, a cama foi feita pra dormir (???), a cadeira pra sentar, a ferida pra doer, o remédio pra curar, o amigo pra sorrir, o amante pra beijar, a TV pra distrair, o trabalho pra ganhar, o passado pra aprender, o retrato pra lembrar...

O grande lance é sacar o que cada uma das coisas boas e ruins da vida têm de melhor pra nos dar. Pensando nisso, estarei nos próximos dias em Salvador buscando o que aquelas ruas inundadas de gente têm de melhor pra me oferecer: muita energia boa pra voltar pra casa com mais gás ainda e correr atrás daquilo que se quer... dessa vez pra valer!
Feliz carnaval a todos.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Manu Chao e sua trupe!

Quero escrever sobre o Projeto Verão que aconteceu na orla da praia de Atalaia na última semana, mas estou com medo de ‘soltar os cachorros’ demais. É que nunca senti Aracaju tão sem graça quanto nos últimos tempos... ultimamente não troco meu sofá e os DVD´s de Sex and The City (emprestados pela minha boa amiga Karine) por N-A-D-A... e só os trocarei pelo carnaval porque passarei em Salvador. Justifica, né?! Mas aí é assunto pra outro post...

Pois é, depois do Pré-Caju e do Verão Sergipe (outras duas belas porcarias), chegou a hora do Projeto Verão. As atrações eram ótimas, Lenine, Gil, O Rappa... eu realmente não estou falando mal do governo estadual ou municipal, a iniciativa deles é ótima e eu os parabenizo, mas eu não sei bem o que acontece por aqui... é uma profusão de gente feia e desentusiasmada que vâmo combinar, né?! Putz... a gente fica se perguntando a noite toda “pra que merda eu fui sair de casa...”.

Enfim, de tudo que tem rolado no verão sergipano a única coisinha que se salvou foi o show de Manu Chao nesse último sábado, E OLHE LÁ!!! Só saí para assisti-lo e fui obrigada a esperar Chorão berrar asneiras no meu ouvido com seu Charlie Brown Jr. antes de poder ver o “clandestino” subir no palco.

Mais de 1h da matina e finalmente o doidão entrou em cena. Pulando com junto com os músicos (que conseguiam ser mais esquisitos que ele... o que era aquele baixista???), Manu Chao levantou a galera, fato que eu acompanhei de perto enquanto era puxada pela mão e me enfiava em frente ao palco...

Ele tocou uma música... duas, três, quatro...epa, mas peraí!!! Será que toda vez que ele cantar uma música ela vai ter que acabar do mesmo jeito, com acordes rápidos, em ritmo de carnaval??? Da primeira vez foi ótimo, todo mundo pulou... da segunda foi legalzinho... da terceira eu já comecei a olhar a galera em volta... da quarta em diante encheu o saco, né?! Comecei a me lembrar dos espetáculos de circo, quando depois de cada apresentação a mesma música é tocada enquanto o público aplaude: “pã pã pãpãpãpãpããããpããããã pãpãpãpãpããããpããããã pãpãpãpãpã pãpãpãpãpãpãpã...”. Era muito igual, gente... que coisa irritante!!!

No meio do show ele desistiu dessa coisa de circo, o que pra mim foi um alívio. Foi quando eu mais curti o som... rolou ”Clandestino”, pra delírio da massa, mas pro meu delírio, em especial, rolou “Minha Galera”. Adooooooooro!!! hihi

Infelizmente, Manu e sua trupe voltaram a insistir no “carnaval circense” e minha paciência chegou a níveis baixíssimos... por sorte encontramos uma galera que estava no camarote e pra lá seguimos com eles. A expectativa era tirar uma foto com Manu, além de beber umas cervas free, lógico... mas o francês continuou tocando que nem louco e quando resolveu descer do palco ficou trancafiado no camarote... nem o governador conseguiu cumprimentá-lo, que dirá nós...

A pergunta é: valeu a pena colocar Manu Chao no currículo? Confesso-lhes que assistir ininterruptamente a quase toda terceira temporada de Sex and the City no domingo foi menos exaustivo que assistir ao circo de Manu e seus companheiros... mas eu não me perdoaria se não tivesse ido escutar "Clandestino", "Minha Galera", "Me Gustas Tu", "Welcome to Tijuana", "La Despedida", "Luna y Sol"...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Procura-se!

E foi assim que ele apareceu para se apresentar na 51ª edição do Grammy Awards ontem a noite em Los Angeles, USA...

Resumindo: PELAMORDEDEUS, QUEM ENCONTRAR UMA T-SHIRT DESSA POR AÍ ME LIAAAAGAAAAA!!!! EU COMPRO NA HORAAAAA!!!!

E pra quem tá afim de assistir Sir Paul atacar de “I Saw Her Stading There” com Dave Grohl (Nirvana/Foo Fighters) na batera (!!!) não pode perder a reprise da premiação no próximo domingo, a partir das 19h (horário de Aracaju), no Sony Entertainment Television. Garanto que vai valer a pena...

That´s all, folks! ;)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Odôiá!!!

Como quer que se escreva o nome - Iemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja ou Yemoja -, este orixá africano significa “Mãe cujos filhos são peixes”.

Na Mitologia Yoruba (os iorubás ou iorubas, também conhecidos como ou yorubá ou yoruba, são um dos maiores grupo étno-linguístico ou grupo étnico da África Ociedental, composto por 30 milhões de pessoas em toda a região), a dona do mar é Olokun, que é, justamente, a mãe de Yemojá.

Na verdade tudo que eu disse até aqui, naturalmente fonte de pesquisa no bom e velho Google, foi para lembrá-los, como diria a música, que hoje é dia 02 de fevereiro... Dia de Yemanjá! Aliás, dia de Nossa Senhora dos Navegantes também, já que as festas se fundem aqui no Novo Mundo.

Salvador sedia uma das maiores festas religiosas do Brasil que, ironicamente, não tem origem no catolicismo, mas sim no candomblé. Hoje, por lá, o “o circo deve tá pegando fogo”... são centenas de pessoas indo deixar seus presentes nos balaios organizados pelos pescadores do bairro do Rio Vermelho junto com muitas mães de santo de terreiros de Salvador. Flores, perfumes, tecidos, rendas, fitas, dinheiro, espelhos, pentes, sabonetes, inclusive cartinhas com pedidos, todos levados à tarde nos balaios para serem jogados em alto mar.

E os pedidos são variados. Vão desde casos de amor mal resolvidos, até a realização de sonhos e ambições maiores... na verdade, tudo traduz o amor e devoção de muita, mas muita gente, que cultua essa "deusa africana".

Bom, não sou pescadora, muito menos filha do candomblé, mas... não custa nada receber uma bençãozinha extra, né?! Vai que ‘a muié’ é poderosa mesmo?! Então vou deixar aqui pra vocês também um ritual para ser abençoado pela rainha do mar e atrair muito sucesso:

Vá até a praia num sábado e entregue nas águas um barquinho de isopor contendo algumas maçãs, uvas, um mamão, sete rosas brancas, um vidro de perfume de alfazema e um espelho.
Junto das oferendas, coloque um papel com todos seus pedidos por escrito.
Depois, abra uma champanhe e despeje o líquido por todo seu corpo, enquanto repete seus pedidos em voz alta.
Por fim, lave-se nas águas do mar, acenda uma vela deixando-a na areia.

Pronto. Só mais um aviso: se alguém for realizar o ritual, sugiro o “Parati” no sábado por volta das 11h. E por favor: não deixem de me avisar pra eu levar minha máquina... :p

*O título do post de hoje é o grito com que se saúda a deusa: “odô iyá!” Significa "mãe do rio".